I.
Momentaneamente leio o passado, tornando o futuro um mero presente,
Aquele que os catedráticos tanto tentam ensinar às pessoas ainda leigas.
Passando-se um verso me torno passado se ainda leio as frases antecessoras.
Qual o valor do tempo?
Dinheiro?? Não, sentimento!
O que você fará nos teus três meses futuros?
Ela marchará para a morte
(Segundo dizem a verdade, o médico e o Câncer)
O derradeiro presente aos poucos se torna passado,
E agora é sentimento, saudade da época que não existia o medo da morte.
O medo da morte, o carma das dores,
A dó da criança, o abandono da carne...
Todos estes serão pretérito.
Pretérito imperfeito talvez?
Não são permitidas imperfeições na gramática de alguns catedráticos.
E nos pulmões atingidos pelo câncer, são permitidas imperfeições?
Mesmo sem permissão eu temo,
Temo o câncer alheio.
II.
E então o ar aos poucos falta,
Depois de longos segundos se extingue;
A televisão em alta definição que há pouco ela apreciava
Agora não é mais que um curto feixe de luz,
Que liga a vida com a morte.
Ela morreu ou se libertou?
Não se sabe.
Não se sabe também se o Câncer ou os segredos a mataram...
-Segredos estes que ela me confidenciou-
III.
Há quem acredite em vida após a morte,Creio que lá ela estará segura, pois o mundo a machuca.
Padecerá neste dia, um anjo nunca tocado.
Tocado apenas pela violência e não pelo pecado.
Anjo nunca tocado.
Isso impede que venha a criança,
(concebida num estupro),
Já que veio o abandono e a incompreensão por parte da "amiga",
(cujo o irmão é o agressor).
Ainda é tempo presente nas minhas palavras, não se fez pretérito...
E que se torne eterna a garota em que a minha mente pensou,
Vida longa à garota cujo a boca nunca beijou.
E contudo, Jordan tem apenas 14 anos de idade.
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