A descoberta dos novos-velhos acontecimentos escondidos do rapaz debaixo daquela barba o descontentara. Ele já esperava que fosse acontecer e temia que acontecesse, parece que previa tal situação.
Pormenorizava em sua cabeça todos os beijos que desejava sendo concretizados por outro personagem "genérico", detalhe por detalhe. Sentia em seu paladar a textura das línguas entrelaçando-se ansiosas pelo próximo momento, beijo por beijo.
Todas as dúvidas do mundo lhe cabiam na cabeça (grande por causa, natureza e consequência), enquanto o coração lotado - ou ao menos dizia que sim em defensiva ao seu espaço sujeito à profanação desses sentimentos malucos - explodia de dúvidas igualmente descabidas e infinitas.
Para cada segundo de convivência eram outros dois de pensamento pesando sobre o espaço físico de cada único segundo. Cada vez mais doente, aquele amor soava mais latente e platônico, ainda mais sôb o céu estrelado e clima agradável que a noite proporcionava à todos daquela rua. O coração sangrava dor a cada abraço, mas naquele ponto já se fazia tarde lamentar o que de fato, se havia ou não feito.
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