Chamei de amor uma canção
Que linda, quebrou no inverno.
Antes no outono foste emoção,
O cuidado ingênuo e fraterno.
Era verdade.
Em forma de sentimento
O coração plantou semente,
Para que crescesse em oferecimento
À pura forma de amor latente.
Nascia nesta estação
Uma poesia de cem anos de idade.
Por vaidade se fazia vinho velho
Em taça rara, digna de coleção.
Frutos de indescritível sabor,
Os olhos não dominavam tanta informação
Enquanto uma árvore esvaía-se em flor
Da cor bonita de uma nova estação.
Primavera, enfim bela.
Não só Vera, como qualquer prima
Com o cabelo repleto de laços de fita
Colhe as flores do jardim cantando, feminina.
Não satisfeito, o tempo não pára,
É brisa passageira.
O calor se apresenta pra enganar um coração
Que se ilude com a música ligeira
Da dança de outra estação.
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