Escrevo teu nome em tantos rascunhos
Por não ter compromisso omisso ou contrato.
Talvez este ciúme vacilante
(Não pela intensidade, creia-me: é besteira de instante)
Seja este temor de perder o amor que é meu
Desde Março em diante.
Não obstante, sorrio.
Desvio de olhares vazios
Enquanto caminho por ruas retas como setas,
Confirmando a cada passo do caminho
Que a frase certa a se dizer no meu ouvido é:
"- Eu te amo, meu neguinho"
Quando preciso de carinho.
Lhe entrego meu corpo e meus problemas
Que parecem inúteis se eu não carregar os teus.
E como oferenda trago-lhe um artefato:
Trata-se de um porta-retratos que,
Rabiscado atrás confirma em poucas palavras
Meu sincero semblante (de bobo)
E grita o meu amor, o nosso amor,
Brindando com um beijo a cada esquina
O sentimento que nos condiciona felizes amantes
Na foto do porta-retratos da prateleira de cima.
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