sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Eu ia me enchendo de um ódio que não era meu, o tempo passava e ele crescia baseado no novo cotidiano obtido na busca de uma nova ocupação remunerada.
A feição dela desanimava a ambos (eu e ela), talvez por ser uma rotina para ela, ou então, minhas dores tenham se tornado uma maldita rotina também!
Porém ainda havia uma salvação -ao menos pra ela- : Um momento lúdico de interação social, de minha parte, é claro.
Talvez ela dê um sorriso, talvez seja grosseira comigo (por medo de minhas intenções), nunca se sabe o que se passa na cabeça de uma mulher
E então o momento chega:
"-Boa tarde, o que você está sentindo?", pergunta ela ao adoentado moribundo, ainda com a mesma feição tediosa.E ele responde:
"-Tenho dores um pouco abaixo da nuca, também nas costas, por esperar tanto para ouvir a sua voz...", responde ele.

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