quarta-feira, 5 de março de 2008

Dona.


Vem descendo as escadas,
a dona do olhar que me fez perder umas noites de sono (talvez por pensar nisso).
Minha frustração é grande por vê-la com outra pessoa
minha felicidade é ainda maior, por vê-la feliz de verdade.
Talvez minha incapacidade danifique a minha vida para sempre,
porém, sempre me lembrarei da Dona dos olhos verdes e dos cabelos castanhos
que me fizeram ser feliz um dia.

Toda vez que seu namorado sai, ela vai ver outro rapaz.
Lábios, luxúria, pecado...
tudo isso exala um odor só teu, Dona.
Todo o pecado que lhe transparece,
toda inocência e insinuação que seu olhar me passa, são indescritíveis.
Nossas conversas acaloradas,
nosso único beijo, o mais quente.

Tudo isso se foi.
E com todo esse pecado, agora envolto na sua forma,
sinto-me enjoado.
Mais lembro com saudade de nossas conversas.
Afastados pelo fato do seu novo alguém,
nos tornando distantes almas presas à um passado só nosso.

Mesmo assim, não te espero.
Sombrio, feliz e bipolar, away be.

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