quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ela chora as mágoas que várias vezes jurou tentar esquecer.
"- Porque o tempo ou o temperamento faz algumas pessoas se separarem?"
E debate e ri e chora as desgraças de seu modo de vida desditoso
Que fez por merecer por várias vezes, por causa do seu inegociável defeito.

Passaram-se uns anos, mas o sentimento continua adormecido.
Alguns dos seus momentos foram esquecidos
E suas ações expressam o esquecimento das próprias horas;
Só não se apaga o sentimento de defeito...
A dúvida é se ela realmente quer e tem forças para mudar.

Ela ainda chora, logo voltamos.

Passaram-se mais anos e nada:
As mesmas lágrimas...
Existem coisas inaceitáveis à ela,
Mas ela já está rindo, pois esqueceu para não enfrentar.

E assim ele continua voltando de tempos em tempos,
Para que sempre as suas lágrimas de sofrimento se tornem em vão,
Pelo acomodo e medo de aceitar a verdade e encarar as mudanças do tempo.

Há pouco tempo me pareceu tão lúcida,
Montada no seu cavalo de razões e certezas absurdas
Ainda sim certa de que sua porção diária de erro é infinita.

Não gosta de ser assemelhada ao que mais se parece
Mas ela realmente é melhor que isso:
É melhor que tudo, é ela.
Cheia de frases feitas, das traseiras de caminhão
Até as frases que dão ao Bob Marley, dizendo ser dele...

Mas eu como bom observador e péssimo juiz,
Apenas assisto e nada digo, nada aconselho.
- pois também seria em vão -
Então participo como expectador relapso
E relato, através da palavra, que é o breve retrato da fala
As peculiaridades dos conterrâneos do ser humano que por hora vos fala.

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