segunda-feira, 27 de abril de 2009

A flor da ponte

E o grito vazou por aquela porta.
(Em momento algum o tempo havia sido tão injusto comigo)
As pessoas, coisas e minutos já não eram tão suportáveis!
E eu, o dono da fé e da paciência que aos poucos havia se esgotado.
Esperando pra ver a flor que existe na cidade,
Aquela que contrasta com o cinza das calçadas.

Sei que quando mais precisei da minha alegria, ela se foi
Traindo qualquer vestígio que ainda sobrava da minha confiança.
Como um repentino lapso de memória.

E QUE SORRISO FOI AQUELE??? (OMG!) -risos-

Um novo sentir bate na porta:
"-Deseja mais a ponte do que a própria vista do rio, ou qualquer momento de travessia."
E me calei. Senti como se estivesse caindo.

O rio levou comigo a mágica das palavras
E também a cola, que periodicamente usava de seus dotes num coração que de tempos em tempos trinca, quebra e se remonta.

Havia uma flor na ponte...
De uma cor tão singular, tão cheia de vida
Por hora, tudo o que o nosso cotidiano monocromático precisa.
Depois de cair e voltar num instante
Cheguei à conclusão que o medo era apenas da ponte partir,
Ou de simplesmente passar por lá.

Pois por mais que tivesse me levado algumas reservas,
O flor era realmente linda,
E a paisagem, tudo o que eu mais queria naquele momento.

Só faltou a foto e a companhia.

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