segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os dias de chuva têm a mesma trilha sonora de sempre
- O pretérito perfeito é um passado concluído, um fato finito sem relação com qualquer futuro -

Logo o pretérito é imperfeito,
Meu eterno culto ao passado.

Um retrato quadrado enfeita minha parede de memórias fielmente reconstruídas
E toda vez é a mesma saudade e a vontade de viver tudo outra vez,
Talvez de outra forma, mas a idéia é reviver.

E esse sentimento, é vontade de que?
O bordão que se repetiu na cabeça por vários dias voltou a aparecer, com sua visita marcante de dúvida.

Os terrenos planos, desabitados e infinitos são lugares onde procuro encontrar meu cálice de paz

Cedo ou tarde perceberão que toda alegria era fachada,
Que no fundo de toda risada havia um grito
No peito aflito uma conclusão precipitada
Profetizando um futuro teu, de mais ninguém, só teu.

E com isso sofre, com isso chora
Reflete agora sobre o que lhe foi dito antigamente,
Não houvesse desfeito do conselho que foi dado de bom grado,
Que agora desesperado opta por atender.

Tudo o que é simples e fácil não lhe trouxe resultado
Mesmo tendo optado rápido por tal opção,
Agora, além do aurora,
Só lhe sobra versos, silêncio, saudade e solidão.

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