segunda-feira, 20 de julho de 2009

O vão de todos os espaços

Sou pouco, demasiadamente pouco
E avesso à toda satisfação que mereceu em dias como esses.
Quando todas as horas de calma e paciência se vão e só resta o silêncio

O desgaste de todas as forças reunidas te faz esboçar um sorriso distante,
(Quase dolorido, verdadeiro sinal de sacrifício velado às escondidas...)

Rosto pálido e frio, contradizendo e lutando contra a vontade interna
que tenta resistir a toda prova os limites já ultrapassados até agora,
Mas até que hora durará tal resistência?

Ausente, sempre ausente.
Desligado da idéia do presente
Vivendo o sonho-pesadelo da insuficiência
E a infinita reticência da auto-piedade aguardando milagres impossíveis.

É tanto pesar reunido que fazem pesar as vistas
Tão cansadas quanto o intelecto de quem tenta mudar um futuro
previsto e pré-moldado,
Fazendo do não-conformismo uma revolução,
Que mesmo interna renova a descoberta da nova ação,
Transformadora ou não da idéia futuro.

Ditas todas as palavras e terminada a cerimônia,
As pessoas seguem para casa conformadas,
Mesmo perdendo aos poucos suas conquistas mais valiosas,
Pouco a pouco, frase a frase...
E os passos que hoje são fortes um dia serão vagar, lentidão, espera
e arrependimento do não feito
Quando aceito o futuro longe de ideal.

Não existe perfeição de fato, mesmo que no último ato
Ou no fim do parágrafo esteja o "Felizes para sempre".

2 comentários:

Unknown disse...

incrivel ... adorei

= )

Tudo de mim. Ou quase. disse...

Lindo... Voltarei com mais tempo para descobrir o teu blogue...

Beijo