domingo, 9 de maio de 2010

Alguém sozinho, no meio de todos espera por outrém com fé em
cada minuto que se passa. A cabeça devassa fantasia com todos
momentos, infinitas variáveis e diversas situações, mas é só espera.
Enquanto em segundos e segundos, manifestam-se eternos
momentos de tensão e ansiedade em ver quem se espera, que
tentam corromper-lhe com pensamentos negativos de não alcançar
este objetivo.
Mas a determinação se mostra forte perante toda essa agonia de
sentidos confusos e ansiedade aguçada. Alí está, constantemente
esperando, quando finalmente aparece um provável fim para a
própria espera: um trem parou na estação. É importante dizer que as
coisas momentaneamente mudam de rumo, vai-se a espera e
inicia-se a procura.
Dezenas de faces, cores, cabelos, posturas... mas ainda nenhum
achado. Os olhos correm soltos no meio de toda essa gente que
desembarca do trem, com esperança de um rosto familiar, afim de
terminar a espera e a procura. Pessoas andam, passam a catraca e
se perdem de vista na passarela, na avenida, nos coletivos e cá está
sozinho novamente.
As pessoas chegam, se encontram e vão, enquanto ele alí
espera... alí continua a esperar e nunca acaba. Como o anterior se
seguem mais alguns trens, que da mesma forma se vão sem alterar
nada nesta situação. A paciência vira impaciência e o humor muda
de posição, não há mais o que esperar.
Segue então para casa, com seu espírito e a àgua da chuva no
chão, e a sensação recorrente de abandono...

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