Desce o sol,
Estende-se o infinito pelo infinito.
A manta azul do céu escurece
Depois da hora da prece.
Olhando para as palavras que alguém escreveu
Tomo minhas resoluções exatas
Que terminam em fatos cortados,
Inacabados como eu.
E das coisas que ficaram lesadas
Não há nada a fazer, além de encarar os fatos.
A mão guia o copo de clareza até a boca
E os lábios sugam para a garganta
Uma dose da clareza em voz rouca
Que dita os versos mais belos que a mente canta.
O gelo do copo dilui o néctar.
Aumentam os hectares de clareza e diminui a intensidade
E sim, é verdade, o sentido se perde.
Quando logo vai embora e deixa a sensação de que
Fomos livres, em verdade.
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