sábado, 1 de janeiro de 2011

Sete faces do meu mundo confuso

Em 7 faces divido o mundo
Confuso em que vivo.
Tudo o que se faz concreto
É um brinde à minha desconfiança do que é correto;

Tudo o que se faz necessário
É posto num armário como dispensa,
Onde ficam alimentos e livros.
O ar necessário fica de fora, julgando minha incontestável sentença;

Tudo o que é sentimento está confuso:
Parte guardado, parte exposto.
Quem dera fosse obtuso
O coração que goza desse posto;

Parte do que se ouve é música,
(Que eu faço, que eu peço)
Que conduziu minha vida até aqui.
Simplesmente algo que se baseia na qualidade e não no excesso;

Outra parte do que se ouve não é música
Mas é arte. Dos mestres é poesia
Para acalmar a confusão que já citei algumas vezes
Pelo medo de sentir a terrível Afasia
De ser um ignorante;

Imagino que no dia que o silencio jazer
Não haverá reflexão,
Onde o espírito sem solução pedirá socorro
E sem resposta poderá padecer;

Concluo que minha visão turva
Me fará envergonhar face a matemática,
Eis que deixo visíveis seis faces.
Minha memória volta aos conformes rapidamente,
Pra dizer que a última face é a que permanece diante dos vossos olhos, estática.

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