Meu violão não afasta a tristeza,
Ele canta a saudade que invade;
Ele encanta o presente - nem sempre sorridente;
Ele canta o passado, nem sempre calado.
Meu violão às vezes alegra um dia de festa,
Às vezes embeleza a hora da morte,
Às vezes narra o medo e a sorte
E os infinitos tempos que o corpo detesta.
Meu violão nunca chora,
Nem sou virtuoso compositor.
E o que acontece na dor, no silêncio e agora
É cobrar da memória o momento que for.
Às vezes calo meu violão:
Dou descanso às cordas, dou valor às notas
E recebo a poesia do seu silêncio.
O descanso é denso,
Mas é rápido que acorda.
E tocando suas belas notas
Rompe o resto do nosso silêncio
E nos acorda.
Trás para a consciência
(ao som de um reggae)
A verdade que aflora, que impede que eu negue:
Meu violão é o companheiro de todas as horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário