segunda-feira, 26 de abril de 2010

Homenagem

Encerro os olhos naquele sorriso e a cabeça naquela preocupação. É noite, tempo de dormir em nossos colchões e descansar para o próximo dia, ou para o mesmo se é o caso de já se fazer tarde. O pensamento perdura, vagueia, movimenta, bate-rebate e discute com uma vida que é dura e diferente por natureza de nascimento. Só mais um instante de luta entre o consciente e os vários sub-conscientes, quando então estes se amotinam e vencem.
Êis que há um sonho, que projeta um delírio enquanto o corpo descansa. Este sim faz retomar as lembranças de momentos aleatórios e as une: assim, sem mais nem menos. Um choque de coisas percorre a cabeça que nunca pára (lembrando que só o consciente descansa) e acontecem os "sonhos" malucos, com coisas incabíveis, abstratas, insensíveis e todo o resto.
Enquanto o corpo descansa alguém observa, atenciosamente todos os meus aspectos e me conhece como ninguém, e outras vezes não... mas este é o momento. Aos cuidados de quem fui confiado houve aceitação imediata, e com amor aqui estou robusto, pensante e saudável (?).
A pessoa cansada que me observa hoje completa anos, e há anos forma todo o meu delírio, aceitação, amor, ódio e caráter, respeito por todas as coisas lindas, meu senso de justiça e compaixão. Dedico ao meu amor, não à uma paixão estas ultimas palavras:
- "Eu te amo, Mãe."

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