segunda-feira, 27 de junho de 2011

O pouco que me cabe dizer

Só para massagear o ego
Acredito que sou belo,
Enquanto vislumbro minha camiseta que rasguei no prego.
Olho pro barraco e admiro meu castelo.

É que gosto de fantasiar, sabe?
A poesia que falo,
A poesia que faço é aquela que acredito.
Um sussurro no peito, um grito no ouvido

E é isso que me cabe:

Inquietude a cada verso;
Versos informais;
Erros gramaticais nem sempre propositais
E expressões que não se usam mais.

Este é meu verso:
Homenagem e alusão
Aos meus profetas secretos
Que não desgrudo nem por decreto.

Só pra massagear o ego
Vou fingir esquecer o que me faz feliz
E viver triste como os poetas românticos
Que teciam a tristeza pré-suicídio em belos cânticos.

É que as vezes me perco em tantos pensamentos
Que as frases, livros, imagens e momentos
Se confundem  num espaço de linhas e caracteres
E só quem sente na pele sabe
Do poder e da viagem que a magia das palavras traz.

Mas é isso que me cabe:

Sensações, momentos, sonetos,
Palavras, refrões, sentimentos,
Saudades, sorrisos, prazeres
- E entre os prazeres, saudades e sorrisos tem um singular -.

E fazer o que nenhum homem prometeu:
Nascer, viver,sorrir, amar, morrer e me despedir.
Por agora faço uso dos desejos meus,
Creia-me: já amo e sorrio!
Só me resta viver e morrer,
Adeus.

Um comentário:

Beth disse...

Lindo, Denis! Você é um poeta! E eu nem sabia... vou divulgar seu blog!